Tudo bem que o meu humor não é lá
dos mais estáveis que existem, mas viver em são Paulo consegue enlouquecer
qualquer um. Quando digo viver não me refiro às noites boêmias e mágicas da metrópole,
e sim das segundas, terças, quartas e quintas (para não comentar sextas) no
trafego anormal de carros de sampa. A terra da garoa ultimamente tem conseguido
perder seu brilho, até a Avenida Paulista fica sem graça em meio a tantos
carros com luzinhas vermelhas acesas e buzinas que não dão sossego.
Luta territorial por um metro de
asfalto, os cruzamentos então, nem se fala, não interessa se o cara da frente
quer virar a direita e o engarrafamento não deixa. O espírito de porco acelera,
consegue se mover meio metro e para seu possante EM CIMA da faixa de pedestres.
Essa é uma proeza que diversos motoristas habilidosos e com consciência coletiva
são capazes de realizar. Sem contar os coitados dos desavisados que resolvem
tomar um taxi em plena Cardoso de Almeida num horário pouco convencional
(18:30), só de ver o taxímetro dá vontade de oferecer carona. Só não o fiz pois
o meu carro estava com lotação máxima naquele momento.
Além de estar acomodando quatro
pessoas, o meu veículo encontrava-se desligado e eu me vi lendo um texto da
faculdade que ocupava muito mais que uma folha (o transito me proporcionou uma
leitura até a segunda página, acreditam?). Nesse meio tempo divaguei sobre o
cara que inventou a embreagem (risos). Podia ter pensado em uma tarefa mais árdua
para o pé direito não? Numa tarde como essas quem sai mais prejudicado é a
minha coxa esquerda, além é claro do passageiro que teve a infeliz ideia de
pegar carona comigo. O transito de São Paulo consegue sim me tirar do prumo, e
o coitado do meu amigo ouvirá (em alto e bom som) os meus lamentos e
reclamações um tanto quanto rabugentas.
A cidade da selvageria do
engarrafamento também comporta seus retiros espirituais. Estes são de fato a
minha salvação e podem também se tornar a sua! Se não fosse a aula de yoga que
tive horas antes de enfrentar esse périplo, não conseguiria por meio da
respiração relevar ofensas, buzinas e fechadas incessantes. Além de relevar,
não teria chegado em casa agradecendo por pelo menos ter um carro, estar
estudando em uma faculdade, ter grana e a oportunidade de ter uma aula de Yoga.
PS.:E se não fosse o transito eu não teria esse tempo todo
para rever meus conceitos, elaborar esse texto e dividir a experiência bizarra e
um tanto quanto cotidiana com você !
4 comentários:
Curti muito !
Hahaha é a sensação de cada dia minha amiga, exatamente.
Beijinhos !!
Está ficando ótimo esse blog hein? Muito bom o texto! Amei as fotos ;)
Beijo
hahaha.. meu comentário não tinha ido mesmo naquele dia!!!
quero os créditos à fotógrafa aqui!!
mais um texto bom, e fotos lindas!!
parabéns!!!
Maju a fotografa do século! <3
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