Volto ao meu ponto primeiro.
Meu mais profundo alvo certeiro.
Volto como uma menina,
Inocente, destemida
Tenho em meus braços a mesma sina.
Retorno ao meu berço,
Ao meu longo e antigo terço.
Regresso ao Mantra inicial,
De palavras poucas em contexto principal.
Volto como a água depois de condensar,
Foi o calor que me fez transformar.
Naturalmente volto por que há de se voltar.
Não há caminho que não volte,
Não há tempo sem regresso,
Não há partida sem ingresso
Não há começo sem morte.
Em toda morte há tanta vida,
Por toda a vida infinitas mortes.
Nesse incessante morrer e viver vejo o renascer.
Faço assim mais uma volta, em torno dessa
E de outras provas.
Giro em torno, passo largo
Giro em volta, dou de lado
Volta e meia
Meio dado.
No compasso do meu fardo.
Que carrego e deito em berço,
Que acolho em meus braços,
Dou colo
Dou afago,
Trago à luz depois apago.
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